A tempestade também arrastou carros e caminhões, derrubou árvores e postes e matou animais nas propriedades rurais. Além de Francisco Beltrão, há registros de estragos nas cidades de Barracão, Ampere, Santo Antônio do Sudoeste, Pranchita e Bom Jesus, todas próximas à fronteira com a Argentina.
Durante a madrugada, equipes dos Bombeiros, do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), da Polícia Militar e da Defesa Civil devem auxiliar os moradores. Pela manhã, está prevista uma vistoria mais detalhada em toda a cidade, para que os estragos sejam avaliados de forma mais precisa.
Nuvem funil Durante a tarde desta segunda, um morador de Realeza, também no sudoeste, havia registrado a formação de uma nuvem funil.A nuvem tem o formato semelhante ao de um furacão, mas não toca o solo. Conforme o Instituto Simepar, as chuvas fortes já eram esperadas para toda a região nesta segunda.
De acordo com o meteorologista do Instituto Simepar Samuel Braun, esse tipo de fenômeno é esperado na região por causa das condições climáticas. "Ela [a nuvem] é um estágio inicial de um tornando, mas além de tocar o solo, ela tem que provocar destruição para se caracterizar um tornado. Porém, a condição meteorológica é favorável para esse tipo de evento", explicou.
O Simepar também informou que outras tempestades devem atingir a região a partir de quarta-feira (15). Acredita-se que o acumulado de chuvas que deve cair em algumas cidades possa passar de 100 milímetros. No caso de Francisco Beltrão, a média para todo o mês de julho é de 135 milímetros de chuva.
Chuva no estado A chuva que atinge o Paraná desde sexta-feira (10) já causou prejuízos para 11.834 pessoas, segundo a Defesa Civil Estadual. Segundo o levantamento, o temporal atingiu 21 municípios do estado, mas a cidade mais prejudicada foi Londrina, na região norte, onde 2 mil moradores foram afetados.